Você me apareceu enquanto eu olhava para todos os outros lados, sem, na verdade, procurar nada.

Você me aconteceu em uma quinta-feira cinzenta, movimentada e corrida. Nada parecido com as comédias românticas que eu costumava assistir. E foi me conquistando aos pouquinhos. Primeiro, com seus gostos tão parecidos com os meus. Depois, com seu jeito carinhoso de me mostrar seu ponto de vista. E, por último, para me ganhar de vez, usou toda a sua capacidade de provar para o mundo a força da palavra amizade.


Com você eu não achei que era amor. Eu já tinha achado que era amor outras vezes, estava tentando evitar a palavra. Achei, uma vez, que era amor em um sorriso galanteador, desses que você esbarra e perde o ar. Olhei para o dono do sorriso e pensei: to pronta. Óbvio que eu não estava pronta. Mas eu achei como sempre, sempre acho. Achei que o amor ia aparecer naquele sorriso, que eu ia ser feliz como nos contos de fadas, coisa e tal. Não ia. A graça do sorriso passou no primeiro beijo.


Depois foram uns olhos azuis que achei que iam me ganhar. Tão bonitos, desses que parecem com o oceano. Achei que eram eles. E eles me olharam. E eu pensei: é agora! De novo, eu achei. Que tinha aparecido, finalmente. O tal cara da minha vida, que sempre falavam. O tal do cara certo, aquele que ia mudar tudo por aqui. Mas não era. Não era o cara, nem a hora.





Você não. Você apareceu enquanto eu não estava olhando. Apareceu enquanto eu estava concentrada em ler um livro, cortar o cabelo, fazer um novo curso, conhecer um novo bar, assistir a um novo filme. Você me apareceu enquanto eu olhava para todos os outros lados, sem, na verdade, procurar nada. E, de relance, distraída e despretensiosa, acabei achando: você.


Você e o seu sorriso sem grande coisa. Você e seus olhos castanhos. Você e sua normalidade. Você e sua loucura. Você e sua mania de ser lindo ao não ser o cara mais bonito do mundo. Você e suas palavras sinceras. Você e seu jeito admirável de ser fiel, leal, justo, inteligente e humilde. Você e suas frases de apoio, sua força, seus risos e sorrisos. Você e seus defeitos, suas falhas, suas faltas, seus buracos e suas ausências. Você e a lição de que não há por que esperar que seja a hora de viver um grande amor. Porque, depois que você surgiu, eu aprendi que o amor de verdade é mil vezes maior do que eu podia imaginar. E aparece sem aviso, sem hora marcada, sem perguntar “tá preparada?”. Acho, sei lá, que o amor de verdade é um tapa na cara que te acorda pra vida. Tipo você. Que, sem que eu percebesse, me ensinou o que era o amor.


Siga-me no twitter  clicando aqui.

7 comentários:

  1. "Acho, sei lá, que o amor de verdade é um tapa na cara que te acorda pra vida."
    Que lindo!!! =)

    http://erikaruggio.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  2. Nossa, muito lindo! amei seu texto, de verdade.. Meus parabéns, voce escreve muito bem e eu me identifiquei bastante com ele.
    http://mariinatorres.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. que bom que gostou, obrigado pelos elogios! gostei do seu blog :)

      Excluir
  3. Ual que lindoooooo emocionante!

    http://lehandroferreira.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
  4. Olá muito obrigado pelos elogios e obrigado por ver isso em mim! obrigado mesmo ;)
    Busco espaço como qualquer blogueiro na net também. obrigado por acreditar no trabalho do meu blog, gostei do seu também bem interessante e você também vai chegar lá com seu blog você vai ver, tudo de bom para você e milhões de acessos no seu blog! E mais uma vez obrigado, beijos.

    ResponderExcluir